terça-feira, 3 de julho de 2012

Porque os alemães gostam tanto de salsicha?



  Porque os alemães gostam tanto de salsicha? Bem, a Alemanha é um dos países com o maior consumo em salsichas, linguiças e embutidos. Todos estes produtos tem um só nome em alemão: Wurst. Existem mais de 1.500 tipos de embutidos e defumados na Alemanha! Imagina só! Os alemães tem hoje uma variedade de mais de 1.500 tipos de Wurst. E os alemães os apreciam frios, grelhados, fritos, cozidos, etc. Wurst faz parte do cardápio do dia, isto é, pode ser consumido no café de manhã, no almoço e no jantar.  Substituindo a carne principal nos pratos principais.

     Aí vem a pergunta... Porque tanta variedade e tantos tipos de Wurst na culinária alemã? A resposta até  que é fácil: Necessidade de sobrevivência!    

     Há mais de 2.000 anos surgiu a técnica de rechear as tripas de animais com uma preparação relativamente barata com a possibilidade de mistura diferentes sabores. E assim foi possível um melhor aproveitamento das partes da carne menos desejadas como miúdos orelha e etc. Junto com sal e outros condimentos era mais fácil de conservar as carnes, que pode ser de suína, bovina, ovina, caprina e até aves.

   Existe uma frase famosa de Otto Von Bismarck, chanceler do império alemão (1815-1898): “Je weniger die Leute wissen, wie Würste und Gesetze gemacht werden, desto besser schlafen sie! Traduzindo: Quanto menos as pessoas souberem como são produzidas as salsichas e as leis, melhor elas dormem!” 

Mas hoje em dia existe a preocupação de saúde,  e o que um dia foi fruto da necessidade de aproveitamento recebe renovação e ganha cada vez mais destaque na culinária alemã, pois aparecem produtos light, feitos de aves e até de avestruz. Embutidos são cada vez mais utilizados na alimentação e fazem parte do cardápio de todas as classes sociais.

De acordo com o chef alemão Heiko Grabolle as salsichas não podem faltar em um cardápio alemão! São elas: Bratwurst, Bockwurst e Krakauer, todas feitas na maioria com carne de porco. Servidas num prato comprido de papelão com um pãozinho francês ou fatiado acompanhado com molhos de mostrada e catchup á gosto.

Bratwurst - Pode ser frita ou grelhada, é a salsicha mais famosa e encontrada em todos os imbiss (lanchonetes alemãs). Tem sabor temperado e levemente apimentado.

Bockwurst - Cozida, ela é servida quente na rua, mas também em casa pode ser saboreada fria. Tem o sabor mais suave das 3.

Krakauer – Frita, é uma salsicha encontrada em algumas regiões. Tem o sabor mais forte das 3 e sua textura lembra a nossa linguiça brasileira usada no churrasco.

Experimentei a Bratwurst e amei! Tostadinha, suculenta e saborosíssima! E vocês? Qual preferem?

Flores da primavera


     





 Depois de sobrevoar durante doze horas, cheguei em Zurique.  Saindo do aeroporto de cabeça erguida, a “ficha finalmente caiu”. Estou na Suíça! Tudo era diferente! Um cenário lindo, limpo, organizado e harmonioso. E de presente a primavera me recebeu!  Muitas flores espalhadas por toda parte! Margaridas, rosas, girassóis, violetas, lavanda... Uma infinidade de cores e aromas que de longe se sentia o cheiro.       
     Desfazendo as malas uma surpresa lá dentro. Minha mãe fizeste um embrulho “pomposo”  cheio de lembrancinhas para mim. Contendo pijama, creme, sabonetes, uma joia, fotos da família e uma carta. Enquanto organizava meus pertences a carta ficava me “paquerando”. Fiz questão de deixar para ler apenas quando fosse dormir. Porque sabia que nela,  eu obviamente iria me emocionar, chorar feito “novela mexicana”!  Dito e feito! Ao deitar, não precisou de muitos minutos para eu a querer do meu lado naquele momento. Já sentia saudades de minha mãe!  Mas suas palavras escritas na carta me acolheram e fui dormir leve e feliz!   
     Acordei dentro de um sonho passado. A diferença é que ele era real. Ainda deitada pensando, será que eu realmente mereço tudo isso?  Não sabia se merecia ou não, mas a vida me trouxe até aqui! Então, farei o possível para não decepcionar a mim mesma!
   Meu primeiro passeio foi até o rio Limmat, rio que divide Zurique em duas partes, de um lado a parte histórica e do outro lado o núcleo financeiro.  Zurique foi construída as margens do lago Zurichsee, cortada pelo rio Limmat e cercada por montanhas que alternam o verde dos pinheiros com as flores dos jardins, passear por este cenário e uma delícia para os sentidos! Nas margens do rio e do lago, muitos habitantes locais e turistas se banham. E os patos, cisnes e pássaros o fazem companhia.
     Neste dia de muito calor, raios de sol em meu rosto me faziam lembrar quando ia sozinha na pedra do Arpoador  assistir o espetáculo pôr do sol. Mas desejava naquele momento me desapegar do Brasil. Para deixar o novo entrar em mim! Um desafio possível!  O mundo me chamava...

domingo, 1 de julho de 2012

Um passo a frente!


          Porque para mim o céu não é o limite? Bem, resumindo é que eu não tenho muitos limites! Sem limites, sem muitas regras, sem rotina e sem dinheiro também.  E na verdade é que estou ficando velha e sem muitas coisas concluídas. Sentia-me muitas vezes inútil ou ate mesmo vazia. 

Mas isso é normal nesta idade,22 anos, jovem sempre tem uns momentos “deprê”.Mas precisava ocupar mais meu cérebro! Ampliar conhecimento, aprender outras línguas, fazer novas amizades, ganhar experiências...

 E foi quando recebi uma “proposta decente”! Morar na Suíça, em Zurique onde minha tia mora há mais de vinte anos. Lá vou estudar a língua alemã e conhecer o país de primeiro mundo! Decidi ir, sem medo de arriscar! E me sentia bem com minha decisão de viajar sozinha para um país completamente diferente do Brasil.

Minha primeira viagem, meu primeiro voo e também a primeira vez que ficarei tanto tempo longe da minha família, de minha irmã gêmea e de meus amigos. Comprei passagem e fiz as malas! Sentimentos estranhos comecei a sentir naqueles últimos dias: incertezas e dúvidas.

 Será que na casa da minha tia vão ser gentis comigo? Como ficarei acompanhada da saudade que já sinto?  Terei quem abraçar lá se algo não der certo? Terei paz como tenho em minha casa? Para aonde vou se nada der certo? Bem, essa última pergunta era a única que sabia responder! Se nada desse certo, volto para minha casa. 

Onde jamais as portas se fecharão...  Mas mesmo assim não pensei em desistir desta oportunidade até porque o medo já estava me abandonando!    No aeroporto, chegando a hora de embarcar nesta "nova fase", chegou a hora também da despedida, o que não me animava muito. Minha mãe, minhas irmãs e meu padrasto querido olhavam para mim felizes, mas ao mesmo tempo, com olhar e expressões que jamais esquecerei, tristes com a minha partida!

 Andando em "linha reta" eu parti triste também, mas decidida em dar um passo à frente! E sem olhar para trás eu fui...  

Fui com a minha coragem e insegurança. Estava animada para “descobrir o mundo” e insegura para receber o que a vida preparou pra mim. Mas não podia esquecer do objetivo maior desta viagem. 

Viver sem medo de viver!